quinta-feira, 15 de março de 2007

Fragmentos

Transc do Livro O Diário de Déborah”
Autor Vaumirtes Freire


A luz pálida do abajú, se curvava diante de sua brancura e adormecia enroscado nos seus cabelos dourados. O silencio, que dormia abraçado com os vários ursinhos de pelúcia, vez por outra acordava devido o barulho do ventilador que roncava, assoprando o mosqueteiro alvo que a protegia das muriçocas que ainda perambulavam embriagadas de sono.
Um longo facho de luz descia por entre uma telha quebrada e se aventurava no escuro do quarto. Era o braço transparente da lua que, aproveitando a ausência do sol, acariciava a minha pequena flor durante seu sono.
Ao beijá-la no rosto senti que Deus beijava meu coração.

Trecho da crônica O POETA E O SONHO “


Quando em alguns minutos sento-me para meditar, talvez procurando inspiração para escrever poesias que geralmente vêm em revoadas, sem que as procuro, viajo ao passado em busca do meu trem azul ( o mesmo trem que busca nas suas insônias a poetisa Iracema Bento ), ou busco o brilho do olhar de Déborah e Barbarah, que me aprisionam na liberdade de poder sonhar em ser criança novamente.
Então... Sem ruídos, sobre trilhos do silêncio, chega o trem azul repleto de recordações. Em cada vagão uma estória, um sonho vivido por uma criança, em cada sonho a felicidade e o poder de esquecer deste mundo capitalista selvagem, que somente os dinossauros do poder se acham no direito de sobreviver.
E ali, no divã do meu silêncio, resolvo sentar-me na estação da saudade, onde busco sonhos e outras maneiras de encontrar a felicidade. É assim que volto a ser criança, volto a acreditar em meus sonhos, e quando menos espero, chegam bandos de poesias como se fossem aves de arribação em busca de um lago.

Trecho da crônica ONDE BUSCO AS POESIAS “
25/04/2002

Quem já viu Déborah andando, percebeu o tamanho da felicidade com que ela abraça os braços da liberdade, em desafios que só nós sabemos o seu valor. Ela adora andar. Talvez nem um passarinho no seu primeiro vôo consegue ser tão feliz quanto ela. E quando vem ao meu encontro cheia de sorriso nos lábios, e com um pouquinho de medo de cair, no olhar, só nós conseguimos ser mais felizes do que ela.. só nós: Suelane, Barbarahh e eu

Trecho da Crônica Onde andarão os meus sonhos?


Hoje Debinha só consegue andar de joelhos, nem por isso me deixa de fazer feliz, pois quando a vejo vindo de joelhos ao meu encontro imagino um pequeno anjo em oração, ás vezes percebo que flutua o meu anjinho azul...e eu choro com a sua felicidade de de ver chegar.

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