Quando estou assistindo os noticiários sobre a guerra no Iraque, às vezes me vem a sensação de que estou diante dum filme norte-americano, onde os EUA sempre terminam vencedores, mesmo sendo uma guerra contra o Vietnã, pode?
Porém, não demoro muito para voltar a realidade e me imagino nos campos de batalhas, como se fosse um daqueles pobres soldados que sofrem na solidão do deserto de sua alma sem paz,
Porém, não demoro muito para voltar a realidade e me imagino nos campos de batalhas, como se fosse um daqueles pobres soldados que sofrem na solidão do deserto de sua alma sem paz,
treinados para matar pessoas que se quer soube que existiam.
Então, olho para Déborah, minha filha especial, que apesar de completar dez anos, ainda não aprendeu a se alimentar sozinha com as próprias mãos e com certeza não irá aprender também jamais usa-las para maltratar alguém.
Fica a sorrir deitada ao meu lado querendo um olhar mais demorado meu. Tão inocente e tão criança, vive em seu mundo silencioso e até agora ainda não aprendeu a pronunciar nem a palavra papai, e com certeza nunca irá aprende a dizer a palavra ódio.
A vejo na liberdade de seu mundo tão limitado, sendo dependente do amor de todos que a cercam. Como é belo vê-la, na sua pureza de anjo, abraçar quem passa, como se agradecesse apenas por fazer parte daquele momento de sua vida. Já aprendeu bater palminhas, mas com certeza jamais irá aprender bater em alguém, mesmo porque, o seu amor pelas pessoas é algo incomparável.
(...)
A se todos que se julgam perfeitos tivessem em suas mentes um pouco da limitação que tem Debinha, “ limitação” que a faz ser tão humana. Só assim poderíamos : ouvir mais o semelhante do que gritar nossas arrogâncias; ser mais dependente do próximo e menos individualista; sentir-se mais feliz em agradecer ao ser cortejado por bajuladores, amar todos como a si mesmo sem motivos para odiar, sorrir mais do que dar ordens, dá a mão a quem passa, mesmo sem saber quem é, ao invés da hipocrisia, muitas das vezes, de um bom dia!
Com certeza, se todos pudessem plantar em suas mentes um pouco deste silêncio que há no olhar de Déborah, o mundo de todos nós, teria, não um pouco, mais um muito de paz.
Minha filha, assim como todas as crianças especiais, sempre será deficiente para odiar, para invadir o espaço dos outros, para manipular ou ser manipulada com simples instrumento de guerra.
trecho da crônica O Mundo de Déborah, Transcr. do Diário de Déborah
Então, olho para Déborah, minha filha especial, que apesar de completar dez anos, ainda não aprendeu a se alimentar sozinha com as próprias mãos e com certeza não irá aprender também jamais usa-las para maltratar alguém.
Fica a sorrir deitada ao meu lado querendo um olhar mais demorado meu. Tão inocente e tão criança, vive em seu mundo silencioso e até agora ainda não aprendeu a pronunciar nem a palavra papai, e com certeza nunca irá aprende a dizer a palavra ódio.
A vejo na liberdade de seu mundo tão limitado, sendo dependente do amor de todos que a cercam. Como é belo vê-la, na sua pureza de anjo, abraçar quem passa, como se agradecesse apenas por fazer parte daquele momento de sua vida. Já aprendeu bater palminhas, mas com certeza jamais irá aprender bater em alguém, mesmo porque, o seu amor pelas pessoas é algo incomparável.
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A se todos que se julgam perfeitos tivessem em suas mentes um pouco da limitação que tem Debinha, “ limitação” que a faz ser tão humana. Só assim poderíamos : ouvir mais o semelhante do que gritar nossas arrogâncias; ser mais dependente do próximo e menos individualista; sentir-se mais feliz em agradecer ao ser cortejado por bajuladores, amar todos como a si mesmo sem motivos para odiar, sorrir mais do que dar ordens, dá a mão a quem passa, mesmo sem saber quem é, ao invés da hipocrisia, muitas das vezes, de um bom dia!
Com certeza, se todos pudessem plantar em suas mentes um pouco deste silêncio que há no olhar de Déborah, o mundo de todos nós, teria, não um pouco, mais um muito de paz.
Minha filha, assim como todas as crianças especiais, sempre será deficiente para odiar, para invadir o espaço dos outros, para manipular ou ser manipulada com simples instrumento de guerra.
trecho da crônica O Mundo de Déborah, Transcr. do Diário de Déborah