Ás vezes, passo horas meditando sobre o silêncio de Debinha e sinto no coração um misto de felicidade e dor invadindo minh´alma quando a vejo apesar de seus dezesseis anos tão dependente de todos e num mundo cada vez mais limitado.
Naquela manhã, quando a vi olhando-me, imaginei em que ela estaria pensando mergulhada em seu silencio. Déborah me olhava como se eu fosse de vidro, tamanho era a profundidade daquele olhar que abraçava a alma. Então fiz a mim mesmo alguns questionamentos:
Em que Debinha pensa quando ao me ver sair para o trabalho abre os braços para me algemar entre eles, sendo as vezes preciso a ajuda da Suelane para desatar o nó que ela faz para me aprisionar ? Será que pensa que não voltarei ? ou apenas me deseja boa sorte como faz sua irmã Barbarah, carimbando-me de beijos enquanto repete: Te amo painho, meu lindo, meu poeta... e por aí vai.
Em que Bebinha pensa quando ao me ver passar por ela e não paro na pressa de ir pegar algo no quarto e deixar o abraço para a volta, e ela começa a chorar?( às vezes fazia de propósito só para vê-la fazer beicinho e o abraço ser mais forte,) Será que pensa que não a amo tanto quanto a um minuto atrás depois do último abraço, ou apenas faz chantagem, coisa que também aprendeu Barbinha quando quer algo e não faço de imediato ?
Em que Bebinha pensa quando ao me ver passar por ela e não paro na pressa de ir pegar algo no quarto e deixar o abraço para a volta, e ela começa a chorar?( às vezes fazia de propósito só para vê-la fazer beicinho e o abraço ser mais forte,) Será que pensa que não a amo tanto quanto a um minuto atrás depois do último abraço, ou apenas faz chantagem, coisa que também aprendeu Barbinha quando quer algo e não faço de imediato ?


Não sei o que Debinha pensa ao acordar e não me ver ali ao seu lado, mas quando chego do trabalho após ter cumprido minha missão de paz e a vejo sorrindo batendo as asas como um passarinho, eu sei que ela pensa o mesmo que eu penso: Que a amo. E mesmo não podendo correr para depois pular nos meus braços me chamando de “Sargento lindo!”, “ meu poeta” como faz a Bárbara, Debinha vem de joelhos silenciosamente ao meu encontro sorrindo. Preocupo-me tanto que fira os joelhos ao vim tão apressada, mas me surpreendo ao examina-los e percebo que sequer estão vermelhos, acho que assim como todos os anjos da guarda, ela vem levitando e eu, para não desmascarar seu disfarce finjo que não vi arranhões neles e assim posso continuar sempre ao lado do meu anjo, pois não sei o será quando Deborah descobrir que descobri a sua verdadeira identidade...Temo que volte a ser invisível como todos os anjos da guarda.
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Transcrito do livro: O Diário de Déborah
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PS: Só para responder as muitas pessoas que buscam um exemplar do Livro O Diário de Déborah, no Domingo, 28 de junho, durante o lançamento ro Ronda do Quarteirão, do qual me orgulho de ter sido convidado para fazer parte da equipe, o Amigo Dr Ivo Gomes, se propôs a publicar o meu livro. Oxalá que em dezembro, durante o aniversário de Debinha eu realize este meu sonho. Agradecer também ao Governador Cid Gomes pelo apóio.
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